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Adormecer ao volante: formas de combater o sono

Combater o sono na condução é indispensável, para não adormecer ao volante ou provocar um acidente. Em viagens muito longas ou particularmente cansativas, esta deve mesmo ser uma prioridade a ter em mente.

A CNN Portugal noticia que “conduzir com menos de cinco horas de sono pode ter um efeito ‘semelhante’ a conduzir sob o efeito de álcool”. E continua, afirmando: “o cansaço causado pela privação de sono contribui para cerca de 20% dos acidentes de viação”.

Saiba, neste artigo, quais são os principais sintomas a ter em atenção para não adormecer ao volante. E até que ponto o ambiente ou o veículo ajudam, ou não, a combater o sono e a prevenir os seus efeitos!

1. Sono e fadiga ao volante

O sono e a fadiga ao volante reduzem a nossa capacidade de reação durante a condução e expõem-nos a grandes riscos na estrada. A fadiga ao volante consiste na redução das aptidões e capacidades de condução, em resultado de uma condução demasiado prolongada. Pode desenvolver-se gradualmente, sem que o condutor se aperceba. No entanto, as suas consequências representam um risco evidente para a segurança.

Sabe o que é ainda mais perigoso do que conduzir cansado? Não se aperceber do momento a partir do qual o seu nível de atenção começa a diminuir. Por isso é tão importante saber reconhecer os sintomas de fadiga ao volante!

As pessoas que sofrem de fadiga perdem, progressivamente, a capacidade de reagir a situações de risco. Nos casos mais críticos, o condutor pode adormecer ao volante e perder a atenção à estrada durante vários segundos.

Embora uma das principais causas da fadiga ao volante seja a condução sem descanso, não é a única!

2. Causas da fadiga e do sono ao volante

Na maioria dos casos, a fadiga ao volante não tem uma origem única. Frequentemente, resulta da junção de vários fatores de risco muito diferentes, que podem levá-lo a adormecer ao volante.

a) Causas externas que favorecem o sono/cansaço ao volante: 

  • conduzir num percurso desconhecido, que obriga a maior vigilância;
  • conduzir em estradas com grande densidade de tráfego, que implicam manobras de travagem constantes. Isto significa manter um elevado nível de alerta durante um longo período de tempo;
  • a condução com mau tempo, em condições meteorológicas adversas, como nevoeiro, chuva, neve ou raios de sol ao amanhecer ou ao anoitecer, tornam a condução mais difícil;
  • ·o tipo de asfalto em que se conduz também pode contribuir para a fadiga! Por exemplo, uma superfície de estrada mal mantida, que causa vibrações constantes. 

b) Condições do veículo que aumentam a fadiga ao volante

E o seu carro? Acredite ou não, o estado deste também pode contribuir para o cansaço/sono na condução:  

  • a temperatura elevada no interior do carro pode retardar a reação. Isto acontece se não dispõe de ar condicionado ou se este não funciona adequadamente;
  • má visibilidade durante a condução noturna;
  • um veículo em mau estado pode também ser um fator de risco, quando se conduz durante várias horas;
  • da mesma forma, a conceção pouco ergonómica dos seus bancos pode também aumentar o risco. Se o veículo for desconfortável, o risco de fadiga ao volante é maior! 

c) Fatores de risco do condutor

E, claro, o condutor pode estar em situação mais propensa ao cansaço se:  

  • conduzir durante longos períodos de tempo sem descanso;
  • estiver com pressa para chegar ao destino;
  • conduzir com um nível elevado de fadiga anterior. O facto de não ter dormido o suficiente é um claro potenciador;
  • fizer refeições pesadas, o que provoca sono;
  • consumir substâncias como álcool, drogas ou certos medicamentos (que têm a sonolência como efeito secundário);
  • manter posições de assento inadequadas, que aceleram o aparecimento da fadiga ao volante (além de prejudiciais para as costas). 

3. Sintomas de fadiga ao volante – reconheça-os! 

A primeira coisa que lhe vem à cabeça, quando pensa no impacto dos sintomas de fadiga na sua condução, é o agravamento do seu estado de alerta. No entanto, as consequências vão muito além disso. Para combater a fadiga e o sono ao volante, é essencial saber reconhecer os sintomas:  

Sintomas de fadiga da visão

A sua visão pode tornar-se turva. Em particular, se sofrer de fadiga, perderá a capacidade de se concentrar, reduzindo a acuidade visual (capacidade de ver os objetos com nitidez e clareza).

Além disso, o número de vezes que irá pestanejar, por minuto, aumenta. Isto deve-se ao facto de os seus olhos começarem a secar. Até que as suas pálpebras perdem força e começam a fechar-se.

Alguns condutores já tiveram ilusões de ótica ao volante ou sonos muito curtos! Se isto acontecer, o risco de acidente é muito elevado. 

Alterações da audição

A sensibilidade auditiva pode aumentar e a reação ao som de uma buzina ou a qualquer outro ruído à sua volta pode ser muito forte e provocar uma resposta exagerada com o volante. 

Perturbações corporais

Um dos sintomas mais comuns da fadiga ao volante é o aparecimento de enxaquecas, sobretudo nas têmporas. Além disso, alguns condutores sentem dores nas costas e tensão na nuca. Isto resulta numa mudança constante de posição no banco, para se sentir mais confortável.

Pode também sentir formigueiro, comichão ou cãibras nas extremidades superiores e inferiores. Se for este o caso, saberá que se trata de sintomas claros de fadiga ao volante!  

Sintomas de fadiga de movimento

No que diz respeito aos movimentos, estes tornam-se muito mais lentos e ineficazes. Começará a perder reação e a sua capacidade de antecipação será reduzida.

Outros sintomas de fadiga na condução são:  

  • necessidade de se esticar ou espreguiçar;
  • bocejar;
  • ter sensação de comichão;
  • algumas reações como cantar, assobiar ou bater, repetidamente, com os dedos no volante. 

4. Adormecer ao volante – sinais evidentes de fadiga!  

Pode começar a sentir-se lento ao volante. Isto vai traduzir-se em menos manobras. Por exemplo se, numa situação normal, tenderia a corrigir subtilmente o volante para garantir uma direção perfeita, por cansaço, irá demorar mais tempo a fazê-lo ou até evitá-lo.

Mais preocupante ainda é o aumento dos riscos que se correm ao volante. Quer se trate de um comportamento mais reativo, de um aumento da velocidade ou de uma condução mais agressiva.

Outro sintoma claro de fadiga ao volante é a irritabilidade do condutor. Pode ter tendência a tornar-se impaciente, a adotar um comportamento mais hostil, ou mesmo a repreender os outros condutores. 

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Como combater o sono e a fadiga ao volante  

Reconheceu em algum destes sintomas de sono e fadiga ao volante? O importante é aprender a detetá-los e a tomar medidas para evitar que representem um risco para a sua segurança, conseguindo evitá-los!  

1. Faça paragens de 2 em 2 horas ou após 200 quilómetros. A pausa deve durar pelo menos 10 minutos. No entanto, é recomendável uma pausa de 20 a 30 minutos;

2. Estique as pernas. Procure dar um pequeno passeio na estação de serviço, para o ajudar a desanuviar um pouco;

3. Beba muitos líquidos. Se estiver muito calor, tente também manter-se fresco. Uma boa ideia, se não quiser pagar muito por uma garrafa de água ou um refrigerante, é trazer uma garrafa térmica de casa;

4. Durma o suficiente na noite anterior. É essencial que enfrente o percurso descansado;

5. Use os estimulantes com moderação. Ao contrário do que possa parecer, abusar de cafeína, bebidas energéticas ou teína é contraproducente. Embora possam despertá-lo a curto prazo, com o tempo, o seu corpo tende a ficar mais cansado;

6. Preste atenção à última hora ou etapa da viagem. Normalmente, nesta fase, é quando prestamos menos atenção ao volante e quando estamos mais cansados. O facto de estarmos perto do destino contribui, ainda com frequência, para um relaxamento da atenção, que pode ser extremamente perigoso!

7. Use roupas confortáveis para conduzir. Evite roupas demasiado quentes ou justas. Opte também por sapatos fechados, sem saltos e que sejam confortáveis.  

Afinal, tudo está bem quando acaba bem. Durante as suas viagens ao volante, conte com o Seguro Automóvel da Tranquilidade. 

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