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Conhece todas as raças de cães portuguesas?

As raças caninas portuguesas são um tesouro nacional, representando a diversidade e a história da relação que existe entre os cães e o povo português.

Existem 11 raças de cães portuguesas, cada uma com características únicas e uma ligação profunda com a cultura do país. As raças caninas nacionais são um testemunho do vínculo especial e do amor que os portugueses têm pelos seus animais de estimação.

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Cão castanho a brincar com gato cinzento.

Estes são cães funcionais e valorizados pelas suas habilidades específicas, assim como pela sua companhia e lealdade.

Passeie pelo nosso artigo fora e descubra todas as raças de cães portuguesas que existem.

Barbado da Terceira

Cão Barbado da Terceira
Barbado da Terceira ©Clube Português de Canicultura

Ágil, dinâmico, inteligente

São cães muito corajosos, destemidos e conduzem gado bravo com enorme agilidade e eficiência! São companheiros e fiéis ao dono, inteligentes, de ensino fácil, alegres, meigos e voluntariosos.

São cães de condução de gado, de guarda e de companhia.

O Barbado da Terceira é uma raça de cães portuguesa, com origem na Ilha da Terceira, nos Açores. Com o início do povoamento das ilhas açorianas, foi necessário controlar e recolher as várias espécies de gado que foram levadas para os Açores, logo após a sua descoberta. Assim, foram chegando diversos tipos de cães aos Açores.

Cão da Serra de Aires

Cão da Serra de Aires
Cão da Serra de Aires ©Clube Português de Canicultura

Atento, rústico, inteligente

Excecionalmente inteligentes e muito vivos! São conhecidos pelo seu temperamento amigável, afetuoso e leal. Animais de companhia extremamente dedicados à sua família, protetores naturais e tendem a ser reservados com estranhos, mostrando-se vigilantes e desconfiados, quando necessário.

São também excelentes cães de companhia, de desporto e de guarda.

Têm tamanho médio, são rústicos e sóbrios, mas extremamente ágeis e rápidos, com movimentos amplos e elásticos.

O Serra de Aires está entre as raças de cães portuguesas e é um cão de gado. Tem origem no Alentejo, sendo utilizado na condução e guarda de animais. Está perfeitamente adaptado à grande amplitude térmica desta região, tendo uma grande resistência.

Cão da Serra da Estrela

Cão Serra da Estrela
Cão da Serra da Estrela ©Clube Português de Canicultura

Austero, protetor, resistente

Inseparáveis companheiros dos seus pastores e fiéis guardiões dos seus rebanhos, os quais defendem dos predadores e ladrões de gado. São magníficos guardas de quintas e de casas, sendo também bons cães de família.

Apesar de rústicos, da atitude imponente e dos seus andamentos vivos, têm simultaneamente um aspeto calmo, atento e expressivo. Existem em duas variedades – de pelo comprido e de pelo curto –, mas têm sempre uma “máscara preta”, no focinho.

São cães de proteção de rebanhos, de guarda e companhia, utilizados também como animais de tração.

Desde épocas remotas, esta raça de cães portuguesa fixou-se na região da Serra da Estrela, perdendo-se, no tempo, a sua verdadeira origem. Encontra-se em toda a Serra, até às mais elevadas altitudes.

Cão de Castro Laboreiro

Cão Castro Laboreiro
Cão de Castro Laboreiro ©Clube Português de Canicultura

Reservado, sério, vigoroso

Nobres de índole, muito ágeis e ativos, estes cães têm um ladrar de alerta característico, que se inicia com um tom profundo, subindo em tons graves, para terminar em agudos prolongados.

Graças à sua atitude de vigilância constante e às suas patrulhas frequentes, são as sentinelas ideais para as propriedades que lhe estão confiadas. Estão sempre prontos para proteger o seu território e a sua família.

Devido ao seu temperamento protetor, esta raça de cães portuguesa requer uma sociabilização adequada e treinamento desde cedo, com educação positiva.

O Cão de Castro Laboreiro é uma das raças mais antigas da Península Ibérica e deve o seu nome à vila de onde é originário – a vila de Castro Laboreiro, no Alto Minho.

Cão de Gado Transmontano

Cão de Gado Transmontano
Cão de Gado Transmontano ©Clube Português de Canicultura

Autónomo, elegante, imponente

Sempre calmos e de olhar sereno, são cautelosos sem ser agressivos. Apesar de reservados, têm um temperamento dócil.

É a raça de cães portuguesa de maior porte e é muito sensível a bons tratos e atenções. Os Cães de Gado Transmontano são corpulentos, fortes e rústicos – características evidenciadas pelo seu aspeto imponente e porte altivo.

São cães de guarda e proteção de gado ovino e caprino.

Em épocas remotas, esta raça estabeleceu-se nas regiões altas de Portugal, nomeadamente, em Trás-os-Montes, evoluindo até se fixar, em perfeita harmonia com as condições e o tipo de trabalho solicitado.

Cão de Fila de São Miguel

Cão de Fila de São Miguel
Cão de Fila de São Miguel ©Clube Português de Canicultura

Corajoso, fiel, forte

Cães de gado por excelência, são também bons guardas de propriedade e hábeis na defesa pessoal. De temperamento muito forte para com os estranhos, mas dóceis com os seus donos, estes cães requerem uma sociabilização adequada e reforço positivo. São cães muito inteligentes e muito recetivos aos comandos.

Com pelo curto, liso, denso, ligeiramente franjado na cauda e atrás das coxas, a pele é grossa e resistente. É uma raça de cães portuguesa com um aspeto forte e rústico.

Cão originário da Ilha de São Miguel, nos Açores, também conhecido por “Cão de Vacas”, pelas suas qualidades de guarda e a sua utilização no acompanhamento do gado bovino. Existem referências ao Cão de Fila de São Miguel, a partir do início do século XIV.

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Rafeiro Alentejano

Rafeiro Alentejano
Rafeiro do Alentejo ©Clube Português de Canicultura

Confiante, seguro, tranquilo

De expressão calma e confiante, não são agressivos, nem tímidos.

Excelentes cães de guarda das herdades e quintas, são igualmente importantes para a proteção de rebanhos, sobretudo durante a noite – são pouco tolerantes na defesa do território que lhe é confiado.

Cães de grande tamanho, possantes, rústicos, sóbrios e tranquilos. Têm andamentos pesados, lentos e bamboleantes, mas sem exagero.

O Rafeiro do Alentejo é um cão de guarda de propriedades e rebanhos.

Esta raça de cães portuguesa tem origem no médio-oriente. Devido ao seu tamanho e coragem, o Rafeiro do Alentejo foi utilizado pelas tribos cuja sobrevivência dependia da criação de rebanhos. Teve assim um papel fundamental nessas comunidades. Outra das funções que a raça teve, no final do século XIV, foi a caça maior, como se pode perceber em fotos das matilhas de caça grossa do Rei D. Carlos.

Podengo Português

Podendo Português
Podengo Português ©Clube Português de Canicultura

Destemido, perseverante, primitivo

Muito vivos e inteligentes, sóbrios e rústicos. Gostam muito de ter companhia, por estarem habituados a viver em matilha. São cães de caça, de guarda e de companhia.

Esta raça de cães portuguesa existe em três tamanhos e duas variedades de pelo: liso e cerdoso. Em cada um dos três tamanhos, podemos encontrar as duas variedades de pelo.

O Podengo Grande é utilizado para a caça grossa. O Podengo Médio, conhecido também por “Cão de Tapada”, tem aptidão natural para a caça ao coelho, seja em matilha, ou sozinho.

Já o Podengo Pequeno é hábil na procura de coelhos, nas covas e entre as rochas. É também utilizado como cão de guarda.

O Podengo é um cão de tipo primitivo, com origem provável nos antigos cães, trazidos pelos Fenícios e Romanos, para a Península Ibérica.

Cão do Barrocal Algarvio

Cão Barrocal Algarvio
Cão do Barrocal Algarvio ©Clube Português de Canicultura

Incansável, meigo, veloz

Resistentes, rápidos e ágeis, dóceis por natureza, muito ligados à família, inteligentes e de trato fácil. São animais ativos, enérgicos e ágeis, adequados para atividades que envolvam exercícios físicos e mentais. Apreciam desafios e precisam de estimulação mental adequada.

De corpulência média, rústicos e bem proporcionados, são cães de caça menor e maior.

A origem do cão do Barrocal Algarvio é muito antiga. Sabe-se que sempre teve grande popularidade entre os habitantes do Algarve, sobretudo a nível da sub-região do Barrocal. Esta raça de cães portuguesa terá sido o resultado de cruzamentos bem-sucedidos, entre vários tipos de cães.

Perdigueiro Português

Perdigueiro Português
Perdigueiro Português ©Clube Português de Canicultura

Afetivo, curioso, persistente

Extremamente meigos e afetivos, rústicos e capazes de uma grande resistência e de enorme devoção. São cães calmos e bastante sociáveis. Têm um temperamento equilibrado, combinando a determinação e a versatilidade do cão de caça, com a lealdade e a amizade de um companheiro de família.

São altamente adaptáveis e capazes de se ajustar a diversos ambientes e estilos de vida.

Estes cães são curiosos por natureza e trabalham com persistência e vivacidade, demonstrando um grande instinto de caça.

O Perdigueiro Português tem origem na Península Ibérica e foi-se adaptando ao clima, ao terreno e ao tipo de caça. A sua existência está documentada em Portugal, pelo menos desde o século XII.

Cão de Água Português

Cão de Água Português
Cão de Água Português ©Clube Português de Canicultura

Alegre, meigo, voluntarioso

Animal de inteligência excecional: é impetuoso, voluntarioso, corajoso, sóbrio e resistente à fadiga. São cães de assistência, de busca e salvamento e companheiros na faina da pesca e no cobro.

Nadadores e mergulhadores excelentes, têm uma membrana interdigital e conseguem nadar em apneia.

Têm um pelo hipoalergénico, ideal para pessoas com alergia ao pelo canino, mas que gostariam de ter um cão como animal de estimação. Existem duas variedades de pelagem: uma comprida e ondulada e outra mais curta e encarapinhada.

Esta raça de cães portuguesa é muito antiga, reconhecidamente existente, desde o século XVIII. Pertence à grande família dos Cães de Água Europeus. Em tempos remotos, criou raízes no litoral algarvio, onde eram apontados como cães pescadores e salvadores.


Este artigo foi desenvolvido em colaboração com o Clube Português de Canicultura.

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