Quando o assunto é estudar no estrangeiro, o programa mais escolhido pelos estudantes de Portugal é o Erasmus+, e os destinos mais populares, para a mobilidade na União Europeia, são Espanha, Polónia e Itália.
Sabias que a Universidade de Lisboa, a Universidade do Porto e a Universidade Nova de Lisboa são as que mais estudantes enviam, todos os anos, para estudar no estrangeiro?
Consulta estes e outros dados 👉 aqui.
Esta é, sem dúvida, uma experiência nova e emocionante. Para muitos, será a primeira vez que vivem sozinhos, cozinham as suas próprias refeições, lavam a sua roupa e montam a própria secretária no quarto. Escusado será dizer que, quanto melhor for a preparação para esta experiência, mais fácil e agradável ela será.
Continua a ler para saberes o que precisas de organizar antes e durante a tua aventura. Fica a saber:
⭐ Quando precisas de tratar dos documentos para realizar o intercâmbio;
⭐ Como te podes preparar em termos da língua do país de acolhimento;
⭐ O que fazer para encontrar alojamento;
⭐ Como poupar dinheiro durante o intercâmbio;
⭐ Os médicos que deves consultar antes de partires;
⭐ Como configurar o teu telemóvel no estrangeiro;
⭐ Como garantir que não ficas sem acesso a dinheiro no estrangeiro;
⭐ Que seguros podes subscrever, antes de ires estudar para o estrangeiro.
Passo 1: Organizar os documentos para o intercâmbio
O que fazer com a papelada? Começa por organizar a documentação necessária e apresenta-a à faculdade nos prazos previstos ou pelo menos 10 dias antes de partires para o estrangeiro. Encontras instruções sobre os documentos específicos a apresentar no site da tua faculdade, e os coordenadores locais do programa Erasmus+ também te poderão ajudar.
Passo 2: Fazer a avaliação linguística OLS
Antes de partir, terás de realizar uma avaliação linguística OLS (Online Linguistic Support). Trata-se de uma verificação simples dos conhecimentos que tens da língua do país de acolhimento, que avalia o antes e o depois do intercâmbio, verificando assim se este teve impacto nas tuas competências ao nível da língua estrangeira.
O OLS dá-te também a oportunidade de realizar cursos de línguas online antes de partires e durante a tua estadia. Estes incluem uma grande diversidade de atividades interativas e personalizadas.
Antes de te candidatares ao Erasmus+, deves verificar a língua em que serão lecionadas as aulas, na universidade que vais frequentar. Mesmo que as aulas sejam em inglês, será muito útil adquirires alguns conhecimentos básicos da língua do país onde irás viver.
Existem também cursos de línguas, para uma aprendizagem mais estruturada. Nas Faculdades de Letras de Lisboa e Porto, podes frequentar os cursos da língua de ensino da tua instituição de acolhimento.
Também podes adquirir conhecimentos básicos sozinho, recorrendo por exemplo a aplicações como a Babbel ou a Duolingo.
Passo 3: Encontrar alojamento
A terceira etapa, sem a qual não poderás ir estudar para o estrangeiro, é arranjar alojamento. Muitos estudantes optam por viver num campus universitário, que é geralmente a opção mais barata, pelo menos na Europa.
Residências universitárias
A escolha do sítio onde irás viver depende, principalmente, do tipo de pessoa que és. Numa residência universitária, é provável que tenhas de partilhar o teu quarto com, pelo menos, um outro estudante.
O que fazer se dás mesmo muita importância à tua privacidade? Procura o teu próprio quarto. Lembra-te, porém, de que as residências de estudantes são o ambiente ideal para conhecer novas pessoas e culturas e fazer amizades.
Quartos privados
Embora, em algumas universidades europeias, as residências universitárias possam ser mais baratas do que um alojamento privado, podem sair-te caras, se estiveres a fazer um intercâmbio bilateral. Nos EUA, por exemplo, viver num dormitório pode ser mais caro do que num alojamento privado fora do campus. Nesse caso, a solução pode passar por arrendar um apartamento em conjunto com outros estudantes. Porém, é conveniente certificares-te de que podes morar fora do campus, pois há casos em que isso não é permitido.
Podes encontrar alojamentos privados em Housinganywhere ou Uniplaces. Estes sites tornam a reserva de alojamento mais segura, pois se o alojamento não satisfizer os critérios, terás direito a um reembolso parcial. Em geral, também podes obter mais informações, sobre como encontrar alojamento, no site da universidade para onde queres ir.
Cuidados a ter
Existem também diversos grupos no Facebook, onde se divulgam quartos para arrendar e que permitem combinar encontros com os anfitriões. Mas, cuidado com eventuais burlões, antes de fazeres qualquer depósito de renda!
Lê o relato da Sofia:
“Uma amiga minha, estudante de psicologia, fez um intercâmbio em Viena, no outono passado. Como eu tinha realizado um intercâmbio no ano anterior ao dela, tentei ajudá-la a encontrar alojamento. Em conjunto, analisámos todos os apartamentos livres em todos os sites disponíveis e encontrámos um quarto de uma senhora que respondeu ao nosso pedido de informação com um e-mail exaustivo e muito simpático, descrevendo a sua situação familiar e o que tinha para oferecer. Mais tarde, num grupo do Facebook onde os membros denunciam burlões que arrendam apartamentos e quartos que depois não existem, vimos uma publicação de um dos membros que dizia que a senhora que nos queria arrendar o quarto era um desses burlões.”
Estudar no estrangeiro? Protege-te de surpresas desagradáveis
Não te esqueças! Sempre que se trata de um alojamento arrendado a estudantes, podes verificar junto de uma seguradora local se existem seguros adequados para o imóvel e para os bens que nele se encontram. Poderá fazer sentido, enquanto inquilino.
Quanto às restantes preocupações mais prováveis, o Seguro Estudar no Estrangeiro da Generali Tranquilidade pode torná-las mais simples de resolver! Com uma duração de 3, 6 ou 12 meses, o seguro pode garantir:
- Assistência e pagamento de despesas médicas;
- Responsabilidade Civil que cobre danos causados a terceiros;
- Proteção para computador ou tablet, em caso de furto ou roubo, incêndio, queda ou curto-circuito.
No meio de tanto em que pensar, não te esqueças de deixar o mais complicado para resolver por profissionais! Desta forma, aproveitarás esta experiência ao máximo.
Passo 4: Organizar o transporte para o intercâmbio
Recomendamos que reserves o teu voo, viagem de comboio ou de autocarro, com alguma antecedência, pois desta forma os bilhetes serão mais baratos.
Pondera comprar um bilhete apenas de ida, em vez de um bilhete de ida e volta, uma vez que é possível que o intercâmbio se prolongue. Ou, até, que decidas prolongar a tua estadia com umas férias após o final do programa.
Também é possível que obtenhas um desconto especial no teu bilhete de avião. Verifica, junto da companhia aérea em que vais viajar, se oferece este tipo de benefício.
“Foi só quando comprei o meu bilhete de regresso que descobri que, para os estudantes do programa Erasmus, a Ryanair oferece um desconto especial que cada estudante pode utilizar para voos ilimitados durante, pelo menos, 1 ano de intercâmbio”, recorda a Sofia.
Ao reservares o voo, também é boa ideia procurares informar-te sobre o que acontecerá, se o teu voo for cancelado ou se a tua bagagem se perder. Pondera fazer um seguro adequado para estas situações, de modo a estares protegido, em caso de despesas adicionais.
Consulta o nosso seguro de viagem.
👉 Para uma viagem mais tranquila, lê os nossos conselhos sobre o que fazer se a companhia aérea perder a tua bagagem.
Passo 5: Faz um check-up de saúde antes da partida
Deves fazer um check-up preventivo antes de partires. Desta forma, despistas causas prováveis de incómodo ou dor, como dores de dentes, por exemplo. É especialmente aconselhável consultares um dentista e, no caso das raparigas, um ginecologista também.
Escuta o teu corpo e, se suspeitares de algum problema, consulta o teu médico de família, que te poderá prescrever mais exames ou encaminhar para um especialista.
Passo 6: Toma precauções em relação ao telemóvel
Quando nos despedimos dos amigos e da família, prometemos sempre que nos vamos manter em contacto. Mas o uso de telecomunicações móveis, embora esteja muito mais acessível em todos os países da UE do que anteriormente, continua a ter as suas armadilhas. Verifica se é preferível manteres o teu número ou adquirir um número de telemóvel local, sobretudo se fores estudar para fora da UE.
Roaming nos países da UE
A legislação europeia estabelece que um fornecedor de serviços de telecomunicações móveis de um país da UE não pode cobrar-te mais pelos serviços usados do que te seria cobrado no teu país de origem. Assim, se ligares da Alemanha para casa, ou se receberes uma chamada do teu país de origem, não pagas mais do que quando estás em Portugal. O mesmo se aplica, se ligares para um número alemão, por exemplo.
Os dados móveis podem ser uma exceção, por isso, antes de partires, informa-te junto da tua operadora, sobre a quantidade de dados que podes utilizar no estrangeiro.
Pacotes móveis locais
Poderás poupar dinheiro, escolhendo usar um pacote móvel local e um número de telemóvel do país onde estás a estudar. Nas brochuras Erasmus que receberás da tua faculdade, é possível que recebas um cartão SIM gratuito com um novo número. No entanto, sugerimos que faças a tua pesquisa, antes de partir, para poderes escolher a melhor solução.
Por vezes, comprar um cartão de telemóvel numa loja normal (por exemplo, em França) também é uma boa opção, em termos de preço. Melhor ainda, podes comprar um e-SIM online – sem teres de te deslocar a uma loja física. Vale a pena considerares!