Esclareçam todas as dúvidas com os profissionais de saúde para que não fiquem questões por resolver. Não receiem tomar notas, pois isso permitirá fazer listas de dúvidas e ajudar a obter mais informações. O mais importante é poder conversar com o seu amigo ou familiar acerca do diagnóstico de uma forma delicada, informada e segura.
2. Conheça as necessidades médicas do doente
O diagnóstico de doença grave pode obrigar à toma de medicamentos em determinadas alturas do dia, a deslocar-se regularmente ao hospital ou até obrigar a períodos de repouso longos.
Fale com a equipa médica para compreender o plano de tratamento e criar uma rotina que vá ao encontro das necessidades médicas do doente. Poderá ter de criar um calendário para consultas no hospital e de recorrer a auxiliares de memória para a toma de medicamentos, bem como fazer ajustes na sua vida – como organizar um horário de trabalho flexível – para que possa estar disponível para ajudar nos momentos-chave.
3. Prepare-se para prestar apoio durante uma doença grave
As circunstâncias da doença ou da recuperação da pessoa doente podem mudar rápida e inesperadamente. Por isso, é importante estar preparado para deslocações de emergência ou para a necessidade urgente de providenciar cuidados. Mantenha perto de si todos os números de telefone e moradas de que possa precisar, bem como uma mala com uma muda de roupa para qualquer eventualidade.
4. Esteja presente e seja positivo
Muitas vezes, quem sofre de uma doença grave só quer ter alguém com quem falar e alguma sensação de normalidade na sua vida. A sua presença não só ajudará a pessoa doente a processar as suas experiências, como pode também ajudá-la a recuperar.
A investigação tem demonstrado que os doentes com companhia e apoio conseguem gerir melhor os seus sintomas, ou até recuperar mais rapidamente. Uma atitude positiva e otimista ajuda a resolver problemas, a manter o ânimo e a desfrutar do tempo que têm juntos.
Poderá não conseguir controlar a doença, mas está nas suas mãos controlar a sua reação ao que acontece. E não hesite em procurar apoio psicológico especializado se precisar.
5. Ajude o ente querido a fazer aquilo de que gosta
Mesmo que a capacidade física de uma pessoa que sofre uma doença grave seja limitada, ela apreciará continuar a fazer aquilo de que mais gosta – ainda que isso obrigue a alguma criatividade.
Se o doente for um cinéfilo e sentir falta de ir ao cinema, talvez possa organizar uma maratona de filmes em casa. Se for um "bom garfo", porque não encomendar uma refeição do seu restaurante favorito ou convidar alguns amigos próximos para se juntarem ao plano?
Isto ajudará o paciente a manter a conexão com o mundo exterior e a esquecer o seu diagnóstico, pelo menos durante algum tempo.
6. Aceite as limitações
É importante compreender que poderá não ser capaz de prestar um apoio integral. Por exemplo, a doença ou o tratamento poderão alterar a reação aos alimentos ou ao ambiente. Compreender os sintomas e quaisquer efeitos secundários do tratamento irá reduzir a possibilidade de mal-entendidos e permitir-lhe-á proporcionar os melhores cuidados possíveis.
E, se algum dos seus esforços for rejeitado, não o leve a peito. Concentre-se no que pode fazer, procure estar sempre presente e saiba quando procurar cuidados profissionais, se necessário.
7. Procure o apoio de terceiros
Algumas instituições de solidariedade, associações e centros médicos proporcionam serviços inestimáveis para pessoas gravemente doentes. Desde a entrega de refeições e prestação de cuidados domiciliares até à organização de umas férias, tire partido dos serviços disponíveis para melhorar o bem-estar de quem está a apoiar e aliviar o peso sobre os seus ombros.