De acordo com o Programa Health Campus da Universidade de Coimbra, em Portugal, “entre as perturbações psiquiátricas, as perturbações de ansiedade são as que apresentam uma prevalência mais elevada, representando 16,5%”. Contribua ou não para esta percentagem, convém saber como combater a ansiedade e como controlar um ataque de ansiedade.
Quais os sintomas? Como deve agir? Consulte este guia completo para prevenir as crises de ansiedade.
O que é a ansiedade?
A ansiedade é um mecanismo de defesa que o nosso corpo desencadeia quando acredita que vai enfrentar uma situação de esforço ou perigo. É uma resposta para manter um estado de alerta caracterizado por tensão e medo excessivos.
De facto, em determinados momentos, a ansiedade moderada é uma ajuda para nos mantermos concentrados e enfrentarmos algum tipo de desafio, como uma entrevista de trabalho ou um exame importante.
Contudo, a ansiedade desproporcionada pode provocar reações prejudiciais para a saúde, como um ataque de ansiedade ou de pânico. Um episódio desses pode causar um mal-estar tão grande que obriga a recorrer a uma urgência de hospital.
Como todos podemos passar por uma situação destas, convém aprender a acalmar uma crise de ansiedade, sabendo como agir.
O que é um ataque de ansiedade?
É um estado de ansiedade descontrolado que dura alguns minutos. Caracteriza-se pela manifestação de sintomas físicos de angústia como falta de ar, palpitações ou tonturas e emoções como medo ou inquietação.
Este tipo de manifestação aparece de forma repentina e atinge o seu pico num curto espaço de tempo. Tal como aparece de repente, a crise de ansiedade também costuma desaparecer rapidamente.
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Qual a diferença entre um ataque de ansiedade e um ataque de pânico?
Durante uma crise, é importante saber distinguir entre um ataque de ansiedade e um ataque de pânico. Isto porque, embora se possam confundir, têm causas e reações distintas:
- O ataque de ansiedade tem, normalmente, um fator desencadeante específico que se consegue identificar com alguma facilidade, por exemplo, um exame ou uma reunião de trabalho. Geralmente, desenvolve-se de forma gradual e é acompanhado por sintomas físicos como batimentos cardíacos acelerados, enjoos, sensação de asfixia ou suores intensos, entre outros;
- Pelo contrário, um ataque de pânico não tem um fator desencadeante específico. Na verdade, até pode acontecer em situações calmas, como um passeio na rua, durante o sono ou numa refeição em família. Além disso, os sintomas são bastante mais intensos e surgem de repente. Os sentimentos de terror são tão fortes que, por vezes, quem o experimenta chega a recear perder o controlo ou achar que vai morrer.
Quais os principais sinais de um ataque de ansiedade?
Os ataques de ansiedade seguem um padrão de sintomas comuns. No entanto, nem sempre são suficientemente óbvios para serem identificados, pelo que se deve prestar atenção às nuances.
Os principais sinais:
- medo intenso;
- sensação de falta de ar ou asfixia;
- palpitações;
- suores intensos;
- dor torácica ou dor no peito;
- tremores no corpo;
- sensação de tonturas ou de desequilíbrio que podem levar a pensar que vai desmaiar;
- irritabilidade diária;
- pensamentos invasivos recorrentes;
- dificuldade em adormecer;
- crises de choro.
Como é um ataque de ansiedade?
Quem já o viveu descreve-o como uma sensação de catástrofe que nos invade, acompanhada de dificuldade em respirar e batimentos cardíacos descompassados.
Por vezes, a sensação é de que há uma perda de controlo total: a realidade envolvente fica virada do avesso, levando a que se aja de forma impulsiva.
Vista de fora, uma pessoa que sofre de uma crise de ansiedade parece totalmente absorvida por uma preocupação que ocupa toda a sua realidade. Ou seja, para ela, não há mais nada além dessa preocupação, medo ou perceção.
Como saber se está a ter uma crise de ansiedade?
Para alguns especialistas, está a ter uma crise de ansiedade se sentir, pelo menos, 4 dos seguintes sinais:
- sensação de asfixia;
- tonturas;
- formigueiro no corpo;
- tremores;
- dor de barriga;
- fadiga;
- irritabilidade;
- pouca capacidade de concentração;
- pensamentos intrusivos.
De qualquer forma, o autodiagnóstico deverá ser sempre o seu último recurso. A melhor forma de saber se sofre de ansiedade é recorrer a um especialista.
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A que se devem os ataques de ansiedade?
É preciso dizer que as crises de ansiedade podem dever-se a vários fatores. Ou seja, podem ter várias origens. O mais habitual é o ataque de ansiedade acontecer quando uma pessoa vive sob stress prolongado. Quando se vivem situações de muita libertação de cortisol, é maior a probabilidade de sofrer uma crise de ansiedade.
Circunstâncias como a falta de sono também podem provocar episódios de ansiedade. O isolamento social ou uma vida de hábitos muito desregrados também os podem desencadear, tal como o consumo de alguns medicamentos, drogas ou cafeína em excesso.
É claro que não podemos esquecer as situações que provocam nervosismo, como falar em público, ter de enfrentar um exame importante ou problemas financeiros.
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Ataque de ansiedade: como o controlar
Com uma atuação rápida, é possível controlar uma crise de ansiedade. Aqui tem 6 conselhos que pode seguir, quando sentir os primeiros sintomas de ansiedade:
- Controlar a respiração. Por exemplo, contar devagar até 10, ao mesmo tempo que inala e exala profundamente a cada número;
- Repetir, para si mesmo, que a sua vida não corre perigo. Todas as crises de ansiedade são acompanhadas de reações físicas que geram mal-estar. Contudo, nenhuma delas antecipa a morte, nem um ataque cardíaco. São apenas sintomas, que desaparecem passados poucos minutos;
- Procurar uma posição cómoda. Se puder, sente-se ou deite-se. Procure uma posição que facilite o relaxamento muscular e mental;
- Focar-se no desaparecimento dos sintomas. As manifestações físicas vão atenuar-se progressivamente. Tente pensar nos sinais de melhoria que está a sentir, pois isso irá ajudá-lo a recuperar a paz de espírito;
- Fechar os olhos. O ambiente que o rodeia pode estar a causar o ataque de ansiedade. Feche os olhos para evitar que qualquer estímulo aumente o seu stress. Além disso, com os olhos fechados conseguirá controlar melhor a respiração;
- Repetir o seu mantra. Repita, continuamente, uma frase que ajude a ficar mais tranquilo. Pode ser “isto vai passar”, ou “vai ficar tudo bem”. Qualquer frase que sirva para se agarrar a um elemento tranquilizador.