Dos plásticos aos resíduos alimentares, a sustentabilidade tem vindo a tornar-se numa prioridade. Como se ouve tantas vezes: o que é bom para o planeta também é bom para nós. Esta máxima aplica-se, particularmente, aos cuidados da pele, cujos produtos podem conter uma enorme quantidade de ingredientes, além de embalagens exageradas, prejudiciais para o ambiente e para si.
Neste artigo, descubra como pode implementar um regime de beleza com cosméticos sustentáveis.
Onde está o problema?
Além de conterem uma lista infindável de ingredientes, é muito comum os produtos cosméticos apresentarem embalagens complexas e exageradas. Em 2018, a indústria mundial de cosmética produziu a impressionante quantidade de 120 mil milhões de unidades de embalagem, grande parte das quais não pode ser reciclada, e que acaba a contaminar cursos de água e a causar enormes danos à vida selvagem.
Ingredientes a evitar
Alguns ingredientes habituais nos cosméticos podem ser prejudiciais para si e também para o ambiente. Por exemplo, o óleo de palma e os seus derivados causam enormes danos ambientais através da desflorestação, podendo também irritar os olhos, a pele e os pulmões.
Outros ingredientes nocivos incluem:
- Os parabenos, que aparecem nas listas de ingredientes sob diferentes designações geralmente terminadas em "parabeno", como o isoparabeno. São normalmente utilizados como conservantes em produtos de limpeza e lavagem da pele, assim como em loções, tendo já sido detetados nos tecidos de mamíferos marinhos e também associados ao cancro da mama nos seres humanos.
- As fragrâncias sintéticas, referidas como "fragrância" nos rótulos. Existem em grande parte dos produtos de beleza e podem causar irritação da pele e também problemas respiratórios, enxaquecas e dores de cabeça.
- A oxibenzona, ou benzofenona-3, apresentada como tal nos rótulos. Encontra-se presente em muitos protetores solares e é muito nociva para os recifes de coral. A Sociedade Europeia de Endocrinologia tem alertado para a desregulação hormonal em humanos causada, entre outros, pelos disruptores endócrinos existentes nos protetores solares.
- As microesferas de plástico, normalmente referidas como “polietileno” ou “polipropileno” nos rótulos de produtos. Comuns em produtos de limpeza e esfoliantes, as microesferas penetram nos recursos hídricos, onde são consumidas pela vida marinha. Estas são proibidas nos produtos de limpeza que se removem com água no Reino Unido e nos EUA, mas ainda são permitidas em muitos outros países – e a proibição não abrange cosméticos, como maquilhagem e batons.