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Dislexia em crianças: o que é, como diagnosticar e como tratar?

dislexia em crianças continua a ser uma questão por resolver na sala de aula.
As crianças com dislexia têm mais probabilidades de ver o seu desempenho escolar afetado. Como um diagnóstico formal só pode ser feito após a entrada no ensino básico, é comum não ser detetada tão precocemente quanto desejável.

Mais de 120 mil alunos têm dislexia em Portugal, e as famílias desempenham um papel fundamental tanto na deteção precoce, como no tratamento da dislexia infantil.
Embora existam mecanismos públicos especializados, é frequente serem os pais a detetar os primeiros sinais de dislexia nas crianças em idade pré-escolar. Por isso é tão importante conhecê-los!

Como ajudar uma criança disléxica? Mostramos-lhe quais são os principais sinais e como tratar a dislexia em crianças e jovens dos ensinos básico e secundário.


O que é a dislexia?

A dislexia é um transtorno neurológico que se manifesta na dificuldade em aprender a ler. Implica problemas na identificação dos sons da fala e na forma como se relacionam com as letras e as palavras.

A dislexia não tem qualquer relação com a inteligência da criança. Trata-se de uma perturbação que afeta a parte do cérebro relacionada com a linguagem. Geralmente, é identificada nas primeiras fases da infância. Embora não possa ser curada, a dislexia em crianças pode ser tratada. E com muito sucesso!

Mesmo assim, muitas pessoas são diagnosticadas apenas na idade adulta. É por isso que um seguro de saúde abrangente, que dê acesso a um acompanhamento feito por profissionais especializados e a testes de diagnóstico, é altamente recomendado.


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Tipos de dislexia em crianças

Existem vários tipos de dislexia infantil, que se desenvolvem de forma diferente.

Por um lado, existe a dislexia adquirida. Esta ocorre após uma doença ou um traumatismo cerebral. Este tipo de dislexia resulta de uma lesão nas áreas do cérebro que processam a leitura e a escrita.

Uma criança pode também ter uma dislexia evolutiva. Esta desenvolve-se naturalmente, sem estar associada a uma lesão cerebral. É, geralmente, detetada em ambiente escolar. Dentro deste tipo de dislexia na infância, podem distinguir-se três subtipos: 

  1. dislexia superficial – é a mais comum em crianças. A dislexia superficial está relacionada com um processamento deficiente da informação nas vias visuais, lexicais ou nervosas diretas. Isto significa que as crianças conseguem pronunciar bem as palavras, mesmo que estas não façam sentido, mas têm de dividir as palavras em fragmentos ou sílabas para as conseguirem ler. Para estas crianças, a situação torna-se mais problemática quando as palavras não correspondem à pronúncia. É o caso de palavras em que uma letra não se pronuncia da forma habitual – por exemplo, quando o “x” se pronuncia como “z” (“exercício”) –, ou quando uma letra não é pronunciada, como na palavra “questão”;
  2. dislexia fonológica este tipo está associado a áreas cerebrais responsáveis pelo  processamento dos sons da linguagem e dificulta a leitura de palavras muito longas, desconhecidas ou pouco frequentes. Podem omitir e/ou trocar sílabas, ou não conseguir verbalizar a subtração de sílabas (por exemplo, na palavra “caravela” dizer “vela” quando se pede para remover as duas primeiras sílabas). No entanto, as crianças com dislexia fonológica não costumam ter problemas com palavras mais frequentes, dado que utilizam a via visual;
  3. dislexia profunda – é a forma de dislexia mais grave, pois a criança tem dificuldades tanto na via fonológica como na visual. 

Sintomas da dislexia infantil


Quais são os sintomas da dislexia nas crianças?

Estas são as principais dificuldades que o seu filho pode revelar, se tiver dislexia:

  • dificuldade para aprender a falar;
  • não pronunciar bem as palavras compridas;
  • não ser capaz de reconhecer as letras do seu nome;
  • ter dificuldade em aprender rimas infantis (por exemplo, de canções infantis);
  • não ser capaz de dizer, por ordem, o alfabeto, os dias da semana ou os números;
  • não conseguir separar as sílabas das palavras;
  • não conseguir fazer rimas ou nem sequer as reconhecer;
  • cometer erros de leitura que não estão relacionados com os sons das letras;
  • queixar-se da dificuldade de aprender a ler


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Causas da dislexia em crianças

A dislexia infantil pode ser hereditária. A componente genética significa que uma criança tem mais probabilidades de ter dislexia, se um dos pais tiver este transtorno neurológico.

Contudo, os nascimentos prematuros ou a exposição a drogasálcool ou tabaco, durante a gravidez, são também fatores de risco.

Mas as causas da dislexia em crianças podem ter outras origens. Um traumatismo cranioencefálico ou uma pancada na cabeça podem provocar uma perturbação neural da compreensão da leitura.


Como é feito o diagnóstico de dislexia infantil?

dislexia infantil começa a tornar-se percetível na fase pré-escolar, embora os sintomas sejam, geralmente, mais evidentes ao longo da infância e adolescência. No entanto, para saber se uma criança tem dislexia, é aconselhável esperar até que ela aprenda a ler e a escrever.

A Associação Portuguesa de Dislexia disponibiliza um questionário online de despiste da dislexia. Deve ser preenchido pelos pais que suspeitem (ou tenham sido alertados) para a possibilidade de o seu filho ter dislexia. 

Após responder “sim” ou “não” a todas as situações apresentadas, basta submeter e esperar pelo resultado, que costuma ser imediato. Segundo a resposta obtida, pode ser necessário um diagnóstico de um especialista.


✅ Importante!
 O diagnóstico da dislexia em crianças deve ser sempre feito por um especialista. A deteção precoce deve ocorrer no ambiente familiar e escolar, mas é sempre necessário consultar um profissional para fazer um teste de dislexia.
Consulte o pediatra do seu filho, para receber o acompanhamento necessário.

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Quais os métodos de tratamento?


A dislexia não tem cura, dado que é um transtorno neurológico de caráter permanente. No entanto, há estratégias e métodos para ajudar as crianças a ultrapassar as suas dificuldades. Em seguida, apresentamos algumas sugestões.


Atividades para crianças com dislexia


Como ajudar uma criança com dislexia? Embora consultar um terapeuta especializado seja altamente recomendável, é possível ajudar a melhorar a descodificação de letras e palavras, com algumas atividades de fácil realização em casa.

Opte por sessões de leitura divertidas em família. Para tal, nada melhor do que escolher os livros preferidos da criança ou os temas que lhe interessam. Divida a leitura com a criança: umas páginas é ela quem lê, outras será você. A leitura em voz alta ajudará o seu filho a concentrar-se na correspondência entre sons e letras. Também lhe permitirá, a si, detetar uma palavra mal pronunciada e corrigi-la, repetindo-a de forma correta.

Quando o seu filho tiver adquirido alguma fluência, proponha uma leitura breve em silêncio, seguida de uma conversa acerca do que ele leu. É importante insistir que o seu filho se concentre nas palavras e permitir-lhe que demore o tempo que for necessário.


Exercícios para crianças com dislexia


Os exercícios de consciência fonológica para crianças com dislexia revelaram-se muito eficazes no seu processo de melhoria. Procuram desenvolver a capacidade de representar, mentalmente, os sons da língua e exercitam a memória.


Alguns exercícios de consciência silábica que pode fazer com a criança em casa são os seguintes:

  • omitir sílabas – incentive o seu filho a omitir uma determinada sílaba das palavras que lhe sugere. Por exemplo, o que acontece se retirar a sílaba /es/ de “escada”?;
  • segmentar sílabas – experimente dividir as palavras em sílabas. Comece com termos curtos e frequentes do vocabulário da criança ou da família e vá aumentando até chegar a palavras mais longas;
  • exercícios de adivinhas – proponha uma adivinha, apontando para uma palavra que comece, por exemplo, com a sílaba “ma”. 


Outros exercícios de orientação fonémica para crianças com dislexia visam, por exemplo, substituir um fonema em palavras. Por exemplo, substituir o fonema /c/ por /p/ na palavra “escada”. Pode também propor-lhes que descubram o fonema oculto de determinadas palavras: "ba/_/co", "jo/_/o", etc.


Jogos para crianças com dislexia


A dislexia nas crianças dos 3 aos 5 anos pode começar a manifestar-se através de problemas de memorização de novas palavras ou na dificuldade em organizar o pensamento.

As atividades e os exercícios para crianças com dislexia não são recomendados numa idade precoce, mas pode optar por estimular a linguagem com alguns jogos.

Por que não experimentar o Jogo da Forca? Pode começar com palavras conhecidas e aumentar o grau de dificuldade, à medida que a criança mostra sinais de melhoria.

Quando ela for um pouco mais velha, pode dar-lhe jogos de tabuleiro como o Scrabble ou o Boggle. Desta forma, além de treinar a formação de palavras, a criança vai divertir-se.


Recomendações para os pais de crianças com dislexia


A
 primeira e mais importante recomendação para os pais de crianças com dislexia é apoiarem-nas. Isso é fundamental para o seu processo de melhoria.
Quando se trata de lidar com a dislexia em crianças do 1.º ciclo, a paciência é fundamental. Se demonstrar afeto e proximidade, ajudará a melhorar o estado de espírito da criança.

Além disso, mostre que a situação dela não é um problema! Quanto mais otimista for, mais alegre será o seu filho.

Procure não pressionar demasiado o seu filho. Por vezes, a dislexia em crianças do 1.º ciclo pode ser frustrante, se elas se compararem com os seus colegas. Por isso, mostre-lhe sempre que as dificuldades que sente não estão relacionadas com a sua inteligência.



Toda e qualquer situação de esclarecimentos, relativamente às temáticas presentes neste artigo, deverão ser solicitadas junto das entidades competentes ou de profissionais especializados. Na preparação deste documento, foram feitos todos os esforços para poder oferecer informação correta e clara. A Generali Seguros, S.A. não é responsável pelo resultado de quaisquer atos ou ações decididas ou tomadas unicamente com base na informação deste documento. A Generali Seguros, S.A. não pretende, através do presente documento, prestar aconselhamento médico, pelo que o cliente é encorajado a consultar profissionais de saúde, no intuito de obter o aconselhamento devido.

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