Hemangioma infantil: conheça esta marca de nascença do bebé

Nem todas as mães e pais ouviram falar de hemangioma infantil. Por vezes, é designado por marca de nascença com forma de morango. De qualquer maneira, os hemangiomas infantis são tumores benignos muito comuns durante a infância.

Embora a maior parte deles não seja grave, entre 10 a 15% requerem tratamento, pois podem ser demasiado grandes, afetar funções vitais que prejudicam o desenvolvimento da criança, sangrar ou infetar. Por isso, é importante saber como identificá-los e como se classificam!

Descubra as causas do hemangioma infantil e como agir se o seu bebé tiver um.

O que é um hemangioma infantil?

Os hemangiomas infantis são formados por um crescimento anormal de vasos sanguíneos que aparece na pele de bebés e crianças. São considerados tumores benignos e não cancerosos e, na sua maioria, não requerem intervenção médica, já que acabam por desaparecer.
É importante saber que os recém-nascidos podem apresentá-los à nascença ou desenvolvê-los após alguns meses.

Mas que aspeto apresentam? Um hemangioma num recém-nascido tem a forma de uma mancha vermelha brilhante, com algum relevo. Daí a designação de mancha de morango, ou de framboesa, como por vezes também é chamado.

De acordo com a Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, o hemangioma infantil afeta entre 4 a 10% de todas as crianças. “Surge com mais frequência no sexo feminino, em bebés com baixo peso à nascença e/ou fruto de gravidez gemelar”, segundo a mesma fonte. Em geral, podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns na cabeça e no pescoço.

✅ Lembre-se! Como referido, a maior parte dos hemangiomas infantis desaparece por si só e não representa qualquer problema para a saúde do bebé. Mesmo assim, os especialistas recomendam que os pais estejam atentos e os identifiquem logo que apareçam, uma vez que tendem a variar muito, sobretudo no tamanho.

Causas do hemangioma infantil

As causas dos hemangiomas na pele dos bebés permanecem um mistério. No entanto, sabe-se que não estão relacionadas com drogas ou medicamentos tomados durante a gravidez. Também não estão relacionadas com exposições ambientais e a hipótese de uma componente genética também já foi excluída.

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O hemangioma à nascença mantém-se ou evolui?

Não há uma idade em que estas manchas de nascença sejam mais graves. No entanto, os hemangiomas infantis têm quase sempre um período de crescimento trifásico:

1️⃣ a fase proliferativa começa nos primeiros dias de vida e pode prolongar-se até ao fim do primeiro ano de vida. O hemangioma do recém-nascido apresenta-se como uma mancha ténue que sofre um crescimento rápido em poucos dias. Em alguns casos, durante esta fase, o hemangioma pode ulcerar ou infetar. Pode até afetar a visão do bebé se se espalhar pela pálpebra, ou restringir a respiração, caso se instale nas vias respiratórias;
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​2️⃣ durante a fase de estabilização, o seu crescimento abranda e o tamanho estabiliza;
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​3️⃣ só após 10-15 meses, o hemangioma infantil começa a regredir de forma espontânea. É a chamada fase de regressão. Pode adquirir tons brancos e acinzentados e o seu tamanho diminui. Por vezes, a zona da pele onde se localiza adquire um aspeto diferente da zona de pele que o rodeia.

Tipos de hemangiomas infantis

Como pai ou mãe, é essencial que consiga identificar o aparecimento de um hemangioma, mal este surge. Para o efeito, uma classificação dos diferentes tipos poderá ser uma boa ajuda.

Hemangiomas infantis superficiais

Há quem lhes chame manchas em morango, ou em framboesa. São saliências na pele com pequenas ranhuras que se assemelham à textura destes frutos. São, normalmente, vermelhos ou cor-de-rosa. Por vezes, podem também conter pequenas áreas brancas. Caracterizam-se por um aumento rápido de tamanho, o que faz com que se tornem também mais brilhantes.

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Hemangiomas infantis profundos ou subcutâneos

Pelo contrário, estas manchas de nascença, quando são profundas ou subcutâneas, são lisas à superfície da pele. Isto deve-se ao facto de estarem por baixo da pele superficial e, por isso, mais “disfarçadas”. À superfície, têm uma cor azulada. Tanto assim é que, por vezes, podem ser confundidas com hematomas.

Mistos

Os hemangiomas mistos são uma combinação de hemangiomas à superfície e sob a pele.

Hemangiomas infantis localizados ou multifocais 

Alguns especialistas optam por uma classificação alternativa, consoante a localização:

• os hemangiomas infantis localizados situam-se numa região específica do corpo. Por exemplo, podem aparecer no pescoço, nas bochechas, no couro cabeludo ou num lábio;
•  os hemangiomas multifocais, por outro lado, são aqueles que se apresentam como dezenas de lesões cutâneas espalhadas por uma zona específica (rosto, barriga) ou em vários locais.
  

Como é feito o diagnóstico de um hemangioma infantil?

É preferível que o diagnóstico seja feito por um especialista. Para o fazer, consulte o pediatra do seu filho, se suspeitar que alguma lesão cutânea que ele tem possa corresponder às caraterísticas de um hemangioma.

Durante o diagnóstico, o pediatra irá observar: 

• localização –algumas zonas, como o rosto, podem comprometer mais a saúde da criança, se afetarem os olhos, boca ou nariz;
• tamanho – a isso dará uma indicação da fase de desenvolvimento;
• quantidade.  

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Tratamentos disponíveis para hemangiomas infantis

A maior parte dos hemangiomas, normalmente, diminui até aos 4 ou 5 anos da criança. Como tal, o tratamento depende da rapidez com que se formou, da sua localização e se apresenta complicações como hemorragias, crostas ou dor.

O propranolol é, habitualmente, o tratamento mais utilizado pelos pediatras. É um medicamento usado para tratar a tensão arterial e administra-se por via oral. Foi demonstrado que é altamente eficaz contra os hemangiomas infantis.

Existem também tratamentos cutâneos tópicos, como os cremes com esteroides. Estes ajudam a travar o crescimento dos hemangiomas infantis ou mesmo a reduzi-los.

Em alguns casos, o médico pode optar por uma intervenção cirúrgica, se o hemangioma se localizar numa zona que possa provocar problemas de saúde. Uma vez que a maioria destas lesões cutâneas desaparece com o passar dos anos, a cirurgia costuma ser excluída até a criança ter 5 anos.

Em qualquer caso, lembre-se sempre de consultar um especialista que possa avaliar o caso do seu filho e prescrever o melhor tratamento.

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